APRESENTAÇÃO
O
livro Minha Terra, Minha Vida II, é uma literatura de Cordel, nele não
estará narrado todos os fatos da historia de Tomar do Geru, por dois motivos
apenas só alguns fatos são mencionados: Primeiro o fato de que é de Cordel
apenas poucas paginas na confecção para não descaracterizar; segundo é mais um
testemunho vivido pelo autor, onde o mesmo ressalta os filhos ilustres de sua
terra e seus legados históricos.
As
formas de versos aplicados nessa segunda parte difere da primeira e é conhecida
como poesia comum.
O
autor com essa forma de poesia pretende não só contribuir para o resgate
histórico de sua terra mas também despertar no leitor o interesse por
literatura de cordel, uma vez que irá força-lo a releitura afim de que possa
ser totalmente entendido o poema.
Nele
é Tratado temas como: Comercio, Economia
e Política, de forma lúdica e verdadeira, na sua forma de pensar e pelos
causos a ele contados por pessoas próximas e testemunhas fieis da historia de
seu povo.
Faça
deste simples e pequeno livro, uma ferramenta importante para o conhecimento
das informações e resgates histórico de sua terra, seus costumes e tradições de
seu povo.
01
Com licença dos amigos,
Do caro leitor então,
Vou continuar minha historia,
Na segunda narração,
Falar mais de minha GERU
Terra de meu coração.
Pra facilitar a trova,
Vou usar apenas oito
linhas,
Rimando na segunda,
quarta e sexta,
Essa é a ideia minha,
Sem deixar a máquina
destrilhar,
E sem o trem sair da
linha
As coisas que vou escrever,
Merecem atenção,
Algumas delas eu vi,
Outra não vi não,
Mas min contaram e acredito,
Que todas verdades são.
02
COMERCIO
Vou citar em cada tema,
Alguns nomes merecidos,
José Dias de Menezes,
Pra nunca mais ser esquecido
Mora no povoado entroncamento,
Muito antes de eu ser nascido.
Sua vida emociona,
Pela sua trajetória,
Como vendedor
ambulante,
É linda sua história,
Até o Estado cruzou,
Isto ainda estar em sua
memória
Pindaíba, cravo, cominho,
Alho e outras bugigangas,
Jogava em suas alcofas,
Laranja, goiaba e mangas,
Seu cavalo segui estrada,
Ele a pé subia as rampas.
03
Esse comerciante,
É digno de nossa atenção,
Nasceu em mil novecentos e treze,
E ainda planta milho e feijão,
É ano é seu centenário,
Ele merecem um presentão.
Outro comerciante,
Conheci no candeal,
Hoje mora em Campo Grande,
O senhor Benjamim cheio de auto astral,
Era também bugigangeuiro,
Andava a pé e com animal.
Esse cara é conhecido,
Pelo nome popular,
Seu beija em toda região,
Era só você chamar,
Vinha correndo lhe beijar.
04
Hoje ele é um saudoso,
Entre nós não há mas elo,
Morador do Campo Grande,
Irmão de Raimundo de Belo,
Seus trajes preferidos,
Azul, branco, verde e amarelo.
O tema comerciantes,
Eram tantos como vou
lembrar,
Vou citar apenas alguns,
Pra sua mente
refrescar,
E assim de pai pra
filho,
A história continuar.
Dona DODÓ
vendia gás,
Querosene, sal e esteira,
Chico
Conrrado e Zezito Conrrado,
Tinha tudo de primeira,
Seu comercio ficava aberto,
De sábado a sexta feira.
05
Uma outra pessoa,
Que também preciso citar,
Er muito conhecida,
Pelo nome popular,
Geru em peso conheia,
O famoso João
do Bar
Raimundo Araújo de Sena
Você deve lembrar,
Tinha uma salgadeira,
Uma sorveteria e um
bar,
Vendia o melhor picolé
da cidade,
Umbu, morango, mangaba
e cajá.
Migo você se lembra,
Eu ainda não esqueci não,
Mas só pra facilitar,
Vou revelar então,
Era filho de Zé Bernadinho,
Conhecido como Pedão.
06
O quebra-queixo mais querido,
Desse você deve lembrar,
Uma senhora bem simpática,
Botava pra quebrar,
Os queixos da rapaziada,
Que a ela iam comprar.
Não se preocupe que a
pessoal,
Sem revelar não deixo,
Morava não rua Robério
Dias,
Só conhecia esse
endereço,
Você sabe de quem estou
falando,
Tia Noca do quebra-queixo.
Pedro
Machado também
tinha,
Muitas coisas pra vender,
Até um lugar reservado,
Pra quando alguém queria beber,
Era só lhe procurar,
Tinha sempre alguém pra lhe atender.
07
N aloja de João
Inácio,
Deixo minha citação,
Tinha tudo de primeira,
Na área da construção,
Do grosso ao acabamento,
Martelo, cimento e carrinho de mão.
Eu era ainda menino,
Quando o conheci,
Seu Ferreira da Jaqueira,
Eu ainda não esqueci,
Com uma tropa de burros
e cavalos,
Fez sua história por
aqui.
Naquele tempo tudo era difícil,
Sem transporte automotivo,
Suar da força ou tração anoimal,
Se tornou muito preciso,
Cada ambulante naquela época,
Por tropeiro ficou conhecido.
08
A expressão tropeiro,
Se tornou popular,
De quatro a cinco homens,
Uma tropa a comandar,
Mais de vinte animais, de cargas,
Pelas estradas a viajar.
História como essa,
Não podia deixar,
Pois a nossa economia,
Ela ajudou a
movimentar,
Avó do amigo Cléssio Ferreira,
Um menino homem,
popular.
Um outro comerciante,
Isso na infância minha,
Vendendo dentro do mercado,
Feijão, arroz, e farinha,
Conhecido por Pedro de Profiro
Ou mão de paca, era o apelido que tinha
09
ECONOMIA
O tema economia,
Algo precisa ser dito,
Sem esquecer os mineiros,
Que trabalham no granito,
Quero aqui também citar,
Deixar tudo aqui escrito.
O popular Pedro Machado,
Que acima foi citado,
Foi também dono de
pedreira,
As quais deixo como
legado,
E seus filhos depois
dele,
Continuaram o recado.
Naquele tempo se trabalhava,
Muito em montação,
La em Antonio
Machado,
Tinha a melhor da região.
Conhecida como BOLACHA
Até eu ganhei muito tostão.
10
Outros donos de pedreira
Tiveram seus nomes na fama,
Eram irmão e também tocavam,
Outras turmas por outras bandas,
Quem é que não se lembra,
De Martins
Rodrigues e Zé do Gamba.
No município de Geru,
Na direção do lado
norte,
Ficava uma das maiores
pedreiras,
Conhecida como BOA
SORTR,
Não era muito distante,
Pertinho igual um
pinote.
Eu lembro de seu Martins,
Isso tinha nos calendários
Se tornou muito famoso,
Além de proprietário,
Vendia sua produção,
E de
outros empresários.
11
Outros também vieram
Pro negócio então,
Posso citar alguns nomes,
Nesta mesma relação,
Joazito
de André e João de Ulisses,
O popular João
do Capitão.
Num forte empresário,
Se tornou João do Capitão
Alem do carro que o
filho dirigia,
Comprou mais dois
caminhão,
Genildo era um dos motoristas,
O outro era Raimundo do Caminhão.
Antonio
Machado também,
Não demorou no ramo entrar,
Além de sua produção,
Outras começou comprar,
O negócio pareceu ser bom,
Pois ainda no ramos estar.
12
Por falar em economia,
Precisava registrar,
Alguns parceiros aliados,
Que vieram para somar,
Banco do
Brasil e Banco Bradesco
Ainda me lembro o lugar.
Nesse Banco
trabalharam,
Quatros filhos de Geru,
Aderaldo de Cecilio e Zé Branquinho,
Duzinho conhecido como tio Du,
Batista filho de NOCA
Todos gente boa como eu
e tu.
POLÍTICA
O tema doravante traz,
Também nomes importantes,
De pessoas que fizeram,
Histórias emocionantes,
Dedicando suas vidas,
Fazendo algo brilhante.
13
Na emancipação
de Geru,
O prefeito foi Pedro de Balbino,
Deixou seu nome na historia,
Pois foi logo construindo,
Os primeiro prédios públicos,
Hoje ainda existindo.
Outros filhos ilustres,
Também foram
aparecendo,
Cada um contribuiu,
Para o que hoje estamos
vendo,
Um deles foi Balduino Vitório,
Eu já estava quase
esquecendo.
Pra mim seria uma injustiça,
Pra fé um sacrilégio,
Esquecer o nome do prefeito,
Que também construiu prédios,
E aos necessitados,
Deu comida e remédio.
14
Só pra refrescar a mente,
Para que ninguém se engane,
Quando disserem quem construiu,
E aponte outros nomes,
O hospital de Geru,
Foi o saudoso João Velames,
João Velames também,
Deixou sua
contribuição,
Governou nossa cidade,
Com muita dedicação,
Por três mandatos
alternados,
Por que não havia
reeleição.
Ulisses
Guimarães,
também,
Foi um prefeito popular,
Ainda hoje nas conversas,
Ninguém ousa difamar,
Construiu muitas escolas,
Para nossas crianças estudar.
15
A minha intenção era,
Sobre todos relatar,
Mas o livro é pequeno,
E há muito para contar,
Pouco a pouco a história,
Vou ajudando a resgatar.
Na câmara os
vereadores,
Também quero citar,
Trabalharam
voluntários,
Sem um tostão ganhar,
Cumpriram bem o seu
papel,
Ajudando a legislar.
Os primeiro vereadores,
Faço deles meu repente,
João
Oliveiro Sobrinho,
Esse era o presidente,
João
Rodrigues dos Santos,
Todos in-memória presente.
16
Joaquim
Soares Dibniz,
Francisco
Thomaz de Oliveira,
Em mil novecentos e cinquenta e cinco
Essa legislatura foi a primeira,
Nem meus filhos nem meus netos,
Conhecerão a derradeira.
Ainda existia outro
vereador,
João Viana dos Nascimento,
Que juntos aos demais
trabalharam.
Só por reconhecimento,
Porque o cargo de
vereador,
Era voluntário nesse
tempo.
Ainda falando nesse assunto,
Peço licença ao leitor,
Pra falar de um grande Homem,
Que também foi vereador,
Até tentou ser prefeito,
Mas não saiu vencedor.
17
Quem é bom já nasce feito,
É o ditado que há,
O saudoso João
Guimarães,
Nosso CARECA
o popular,
Eu queria ve-lo prefeito,
Mas sem idade não podia votar.
Esse nome merece nossa
atenção,
Sobre ele ainda quero
falar,
No processo da
democracia,
Muito pode nos ajudar,
Foi uma oposição
respeitada,
Ninguém ousa discordar.
Tambem foi pai da pobreza,
Disso posso testemunhar,
Merecedor de nossa homenagem,
Espero que um dia alguém possa lembrar,
E uma obra em seu nome,
Geru possa Batizar.
18
Para mim não seria,
Algo só para lembrar,
Seria orgulho para os amigos,
Sua família iria gostar,
Vê escrito em uma placa,
João
Guimarães, Careca ou Mundinho Maçar
As mulheres de Geru,
Também tiveram fama,
Há sessenta anos atraz,
Nossa primeira Dama,
Se destacou
brilhantemente,
Nossa amiga Maria Viana.
Como se isso fosse pouco,
Ainda na politica continuou,
Foi nossa primeira vice-prefeita,
Mas uma vez se destacou,
Mae do saudoso Hélio Viana,
Que a pouco nos deixou.
19
Hélio Viana foi um cara,
Que sempre me considerou,
Tive por ele muita admiração,
Na politica de Geru muito ajudou,
Cito seu nome no momento,
Pela saudade que nos deixou.
Ainda falando em
politica,
Vejam uma coisa
interessante,
Os candidatos
antigamente,
Chamavam um machante,
Matavam um
boi, enchiam a barriga do povo
Muito feio e
humilhante.
Ganhava quem dava mais comida,
A casa ficava cheia de gente,
Farofa d’água, arroz e carne assada,
Deixava todo mundo contente,
O eleitor
só saia para votar,
E voltava comer novamente.
20
Hoje a humilhação mudou,
Em seu lugar veio a corrupção,
Trocaram a carne assada,
Pelo popular aperto de mão,
Ganhava quem dava mais comida,
Agora ganha quem dar mais tostão.
“HOMENAGEM A TOMAR DO
GERU
PELOS SEUS 60 ANOS”
A história continua no vol. III
Deixadinha
O
autor deste poema possui outros trabalhos publicados como por exemplos a parte
1 de Minha Terra, Minha Vida e voce poderá encontrar através do site: www.geruesportewebnode.com ou ainda
pelo blog: www.gersontomaz.blogspot.com.br.
Voce pode enviar informações culturais, sugestões, crítica ou outras quaisquer
correspondência para o endereço eletrônico: gersontomaz@outlook.com este endereço
vale também para facebook .
21
NOMES HOMENAGEADOS
José Dias de Menezes
Benjamim de belo
Raimundo de Belo
Dona Dodó
Chico Conrado
Zezito
Conrado
João do bar
Raimundo Araujo de Sena (pedão)
ZÉ Bernadinho do Correio
Tia Noca do quebra queixo
Pedro Machado
João Inácio
Seu Ferreira da jaqueira
Clécio Ferreira
Pedro de Profiro
Antonio Machado
Martins Rodrigues
Zé do Ganba
Joazito de André
João de Ulisses
João do Capitão
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Genildo do Caminhão
Raimundo do Caminhão
Aderaldo de Cecilo
Zé Branquinho
Duzinho de Brasilino
Batista de Noca
Pedro de Balbino
Balduino Vitório
João Velames
Ulisses Guimarães
João Oliveira Sobrinho
João Rodrigues dos Santos
Joaquim Soares Diniz
Francisco Thomaz de Oliveira
João Viana dos Nascimento
João Guimarães (careca)
Maria Viana
Hélio Viana
Banco do Brasil
Banco Bradesco
23
Parabéns Tomar do Geru,
“Minha Terra, Minha Vida”
Oxalá tivesse eu o
don dos que recitam poemas. Recitaria sobre ti, mesmo que em poucas palavras já
mim contentaria. Contudo, prossigo na minha imensa vontade, rebuscando as
palavras na tentativa de coloca-las em linhas e estrofes grandes ou pequenas,
tão somente com a intenção de rima-las, mas com quais palavras rimariam ou em
que versos se encachariam, tu és única, linda, amada pelos teus filhos, filhos
que de ti nasceram, filhos que com a compaixão de mãe os adotaste, então, digo
a estes:
Avante filhos desta
Madre tão amada,
Terra conquistada
da tribo kiriris.
Tomar, Minho, Nova
Távora, Portugal,
Tomar do Geru, sua
História é sem igual.
Erguei vozes,
jubilem todos os teus entes queridos, bradai sim, saudai aquela que ergue-se
entre pedras e abrolhos, felicitem-na, não só pelos seus sessentas, mas por
todos os anos que subsiste como mãe acolhedora.
Parabéns Tomar do
Geru, Minha Terra, Minha Vida.
Por: Gerson Tomaz
Tomar do Geru, novembro de 2010
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