PRAÇA DE IGREJA / TOMAR DO GERU

PRAÇA DE IGREJA / TOMAR DO GERU

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

MINHA TERRA, MINHA VIDA VOL. II

 






APRESENTAÇÃO

 

O livro Minha Terra, Minha Vida II,  é uma literatura de Cordel, nele não estará narrado todos os fatos da historia de Tomar do Geru, por dois motivos apenas só alguns fatos são mencionados: Primeiro o fato de que é de Cordel apenas poucas paginas na confecção para não descaracterizar; segundo é mais um testemunho vivido pelo autor, onde o mesmo ressalta os filhos ilustres de sua terra e seus legados históricos.

As formas de versos aplicados nessa segunda parte difere da primeira e é conhecida como poesia comum.

O autor com essa forma de poesia pretende não só contribuir para o resgate histórico de sua terra mas também despertar no leitor o interesse por literatura de cordel, uma vez que irá força-lo a releitura afim de que possa ser totalmente entendido o poema.

Nele é Tratado temas como: Comercio, Economia e Política, de forma lúdica e verdadeira, na sua forma de pensar e pelos causos a ele contados por pessoas próximas e testemunhas fieis da historia de seu povo.

Faça deste simples e pequeno livro, uma ferramenta importante para o conhecimento das informações e resgates histórico de sua terra, seus costumes e tradições de seu povo.

 

 

01

Com licença dos amigos,

Do caro leitor então,

Vou continuar minha historia,

Na segunda narração,

Falar mais de minha GERU

Terra de meu coração.

 

 

Pra facilitar a trova,

Vou usar apenas oito linhas,

Rimando na segunda, quarta e sexta,

Essa é a ideia minha,

Sem deixar a máquina destrilhar,

E sem o trem sair da linha

 

 

As coisas que vou escrever,

Merecem atenção,

Algumas delas eu vi,

Outra não vi não,

Mas min contaram e acredito,

Que todas verdades são.

 

 

02

COMERCIO

 

Vou citar em cada tema,

Alguns nomes merecidos,

José Dias de Menezes,

Pra nunca mais ser esquecido

Mora no povoado entroncamento,

Muito antes de eu  ser nascido.

 

Sua vida emociona,

Pela sua trajetória,

Como vendedor ambulante,

É linda sua história,

Até o Estado cruzou,

Isto ainda estar em sua memória

 

Pindaíba, cravo, cominho,

Alho e outras bugigangas,

Jogava em suas alcofas,

Laranja, goiaba e mangas,

Seu cavalo segui estrada,

Ele a pé subia as rampas.

 

 

03

Esse comerciante,

É digno de nossa atenção,

Nasceu em mil novecentos e treze,

E ainda planta milho e feijão,

É ano é seu centenário,

Ele merecem um presentão.

 

 

Outro comerciante,

Conheci no candeal,

Hoje mora em Campo Grande,

O senhor Benjamim cheio de auto astral,

Era também bugigangeuiro,

Andava a pé e com animal.

 

 

Esse cara é conhecido,

Pelo nome popular,

Seu beija em toda região,

Era só você chamar,

Vinha correndo lhe beijar.

 

 

 

04

Hoje ele é um saudoso,

Entre nós não há mas elo,

Morador do Campo Grande,

Irmão de Raimundo de Belo,

Seus trajes preferidos,

Azul, branco, verde e amarelo.

 

 

O tema comerciantes,

Eram tantos como vou lembrar,

Vou citar apenas alguns,

Pra sua mente refrescar,

E assim de pai pra filho,

A história continuar.

 

 

Dona DODÓ vendia gás,

Querosene, sal e esteira,

Chico Conrrado e  Zezito Conrrado,

Tinha tudo de primeira,

Seu comercio ficava aberto,

De sábado a sexta feira.

 

 

05

Uma outra pessoa,

Que também preciso citar,

Er muito conhecida,

Pelo nome popular,

Geru em peso conheia,

O famoso João do Bar

 

 

Raimundo Araújo de Sena

Você deve lembrar,

Tinha uma salgadeira,

Uma sorveteria e um bar,

Vendia o melhor picolé da cidade,

Umbu, morango, mangaba e cajá.

 

 

Migo você se lembra,

Eu ainda não esqueci não,

Mas só pra facilitar,

Vou revelar então,

Era filho de Zé Bernadinho,

Conhecido como Pedão.

 

 

06

O quebra-queixo mais querido,

Desse você deve lembrar,

Uma senhora bem simpática,

Botava pra quebrar,

Os queixos da rapaziada,

Que a ela iam comprar.

 

 

Não se preocupe que a pessoal,

Sem revelar não deixo,

Morava não rua Robério Dias,

Só conhecia esse endereço,

Você sabe de quem estou falando,

Tia Noca do quebra-queixo.

 

 

Pedro Machado também tinha,

Muitas coisas pra vender,

Até um lugar reservado,

Pra quando alguém queria beber,

Era só lhe procurar,

Tinha sempre alguém pra lhe atender.

 

 

07

N aloja de João Inácio,

Deixo minha citação,

Tinha tudo de primeira,

Na área da construção,

Do grosso ao acabamento,

Martelo, cimento e carrinho de mão.

 

 

Eu era ainda menino,

Quando o conheci,

Seu Ferreira da Jaqueira,

Eu ainda não esqueci,

Com uma tropa de burros e cavalos,

Fez sua história por aqui.

 

 

Naquele tempo tudo era difícil,

Sem transporte automotivo,

Suar da força ou tração anoimal,

Se tornou muito preciso,

Cada ambulante naquela época,

Por tropeiro ficou conhecido.

 

 

08

A expressão tropeiro,

Se tornou popular,

De quatro a cinco homens,

Uma tropa a comandar,

Mais de vinte animais, de cargas,

Pelas estradas a viajar.

 

 

História como essa,

Não podia deixar,

Pois a nossa economia,

Ela ajudou a movimentar,

Avó do amigo Cléssio Ferreira,

Um menino homem, popular.

 

 

Um outro comerciante,

Isso na infância minha,

Vendendo dentro do mercado,

Feijão, arroz, e farinha,

Conhecido por Pedro de Profiro

Ou mão de paca, era o apelido que tinha

 

 

09

ECONOMIA

 

O tema economia,

Algo precisa ser dito,

Sem esquecer os mineiros,

Que trabalham no granito,

Quero aqui também citar,

Deixar tudo aqui escrito.

 

 

O popular Pedro Machado,

Que acima foi citado,

Foi também dono de pedreira,

As quais deixo como legado,

E seus filhos depois dele,

Continuaram o recado.

 

Naquele tempo se trabalhava,

Muito em montação,

La em Antonio Machado,

Tinha a melhor da região.

Conhecida como BOLACHA

Até eu ganhei muito tostão.

 

10

Outros donos de pedreira

Tiveram seus nomes na fama,

Eram irmão e também tocavam,

Outras turmas por outras bandas,

Quem é que não se lembra,

De Martins Rodrigues e Zé do Gamba.

 

 

No município de Geru,

Na direção do lado norte,

Ficava uma das maiores pedreiras,

Conhecida como BOA SORTR,

Não era muito distante,

Pertinho igual um pinote.

 

 

Eu lembro de seu Martins,

Isso tinha nos calendários

Se tornou muito famoso,

Além de proprietário,

Vendia sua produção,

E  de outros empresários.

 

 

11

Outros também vieram

Pro negócio então,

Posso citar alguns nomes,

Nesta mesma relação,

Joazito de André e João de Ulisses,

O popular João do Capitão.

 

 

Num forte empresário,

Se tornou João do Capitão

Alem do carro que o filho dirigia,

Comprou mais dois caminhão,

Genildo era um dos motoristas,

O outro era Raimundo do Caminhão.

 

 

Antonio Machado também,

Não demorou no ramo entrar,

Além de sua produção,

Outras começou comprar,

O negócio pareceu ser bom,

Pois ainda no ramos estar.

 

 

12

Por falar em economia,

Precisava registrar,

Alguns parceiros aliados,

Que vieram para somar,

Banco do Brasil e Banco Bradesco

Ainda me lembro o lugar.

 

 

Nesse Banco trabalharam,

Quatros filhos de Geru,

Aderaldo de Cecilio e Zé Branquinho,

Duzinho conhecido como tio Du,

Batista filho de NOCA

Todos gente boa como eu e tu.

 

POLÍTICA

 

O tema doravante traz,

Também nomes importantes,

De pessoas que fizeram,

Histórias emocionantes,

Dedicando suas vidas,

Fazendo algo brilhante.

 

13

Na emancipação de Geru,

O prefeito foi Pedro de Balbino,

Deixou seu nome na historia,

Pois foi logo construindo,

Os primeiro prédios públicos,

Hoje ainda existindo.

 

 

Outros filhos ilustres,

Também foram aparecendo,

Cada um contribuiu,

Para o que hoje estamos vendo,

Um deles foi Balduino Vitório,

Eu já estava quase esquecendo.

 

 

Pra mim seria uma injustiça,

Pra fé um sacrilégio,

Esquecer o nome do prefeito,

Que também construiu prédios,

E aos necessitados,

Deu comida e remédio.

 

 

14

Só pra refrescar a mente,

Para que ninguém se engane,

Quando disserem quem construiu,

E aponte outros nomes,

O hospital de Geru,

Foi o saudoso João Velames,

 

 

João Velames também,

Deixou sua contribuição,

Governou nossa cidade,

Com muita dedicação,

Por três mandatos alternados,

Por que não havia reeleição.

 

 

Ulisses Guimarães, também,

Foi um prefeito popular,

Ainda hoje nas conversas,

Ninguém ousa difamar,

Construiu muitas escolas,

Para nossas crianças estudar.

 

 

15

A minha intenção era,

Sobre todos relatar,

Mas o livro é pequeno,

E há muito para contar,

Pouco a pouco a história,

Vou ajudando a resgatar.

 

 

Na câmara os vereadores,

Também quero citar,

Trabalharam voluntários,

Sem um tostão ganhar,

Cumpriram bem o seu papel,

Ajudando a legislar.

 

 

Os primeiro vereadores,

Faço deles meu repente,

João Oliveiro Sobrinho,

Esse era o presidente,

João Rodrigues dos Santos,

Todos in-memória presente.

 

 

16

Joaquim Soares Dibniz,

Francisco Thomaz de Oliveira,

Em mil novecentos e cinquenta e cinco

Essa legislatura foi a primeira,

Nem meus filhos nem meus netos,

Conhecerão a derradeira.

 

 

Ainda existia outro vereador,

João Viana dos Nascimento,

Que juntos aos demais trabalharam.

Só por reconhecimento,

Porque o cargo de vereador,

Era voluntário nesse tempo.

 

 

Ainda falando nesse assunto,

Peço licença ao leitor,

Pra falar de um grande Homem,

Que também foi vereador,

Até tentou ser prefeito,

Mas não saiu vencedor.

 

 

17

Quem é bom já nasce feito,

É o ditado que há,

O saudoso João Guimarães,

Nosso CARECA o popular,

Eu queria ve-lo prefeito,

Mas sem idade não podia votar.

 

 

Esse nome merece nossa atenção,

Sobre ele ainda quero falar,

No processo da democracia,

Muito pode nos ajudar,

Foi uma oposição respeitada,

Ninguém ousa discordar.

 

 

Tambem foi pai da pobreza,

Disso posso testemunhar,

Merecedor de nossa homenagem,

Espero que um dia alguém possa lembrar,

E uma obra em seu nome,

Geru possa Batizar.

 

 

18

Para mim não seria,

Algo só para lembrar,

Seria orgulho para os amigos,

Sua família iria gostar,

Vê escrito em uma placa,

João Guimarães, Careca ou Mundinho Maçar

 

 

As mulheres de Geru,

Também tiveram fama,

Há sessenta anos atraz,

Nossa primeira Dama,

Se destacou brilhantemente,

Nossa amiga Maria Viana.

 

 

Como se isso fosse pouco,

Ainda na politica continuou,

Foi nossa primeira vice-prefeita,

Mas uma vez se destacou,

Mae do saudoso Hélio Viana,

Que a pouco nos deixou.

 

 

19

Hélio Viana foi um cara,

Que sempre me considerou,

Tive por ele muita admiração,

Na politica de Geru muito ajudou,

Cito seu nome no momento,

Pela saudade que nos deixou.

 

 

Ainda falando em politica,

Vejam uma coisa interessante,

Os candidatos antigamente,

Chamavam um machante,

Matavam um boi, enchiam a barriga do povo

Muito feio e humilhante.

 

 

Ganhava quem dava mais comida,

A casa ficava cheia de gente,

Farofa d’água, arroz e carne assada,

Deixava todo mundo contente,

O eleitor  só saia para votar,

E voltava comer novamente.

 

 

20

Hoje a humilhação mudou,

Em seu lugar veio a corrupção,

Trocaram a carne assada,

Pelo popular aperto de mão,

Ganhava quem dava mais comida,

Agora ganha quem dar mais tostão.

 

 

 

“HOMENAGEM A TOMAR DO GERU

PELOS SEUS 60 ANOS”

  A história continua no vol. III

 

Deixadinha

O autor deste poema possui outros trabalhos publicados como por exemplos a parte 1 de Minha Terra, Minha Vida e voce poderá encontrar através do site: www.geruesportewebnode.com ou ainda pelo blog: www.gersontomaz.blogspot.com.br. Voce pode enviar informações culturais, sugestões, crítica ou outras quaisquer correspondência para o endereço eletrônico: gersontomaz@outlook.com este endereço vale também para facebook .

 

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NOMES HOMENAGEADOS

 

José Dias de Menezes

Benjamim de belo

Raimundo de Belo

Dona Dodó

Chico Conrado

 Zezito Conrado

João do bar

Raimundo Araujo de Sena (pedão)

ZÉ Bernadinho do Correio

Tia Noca do quebra queixo

Pedro Machado

João Inácio

Seu Ferreira da jaqueira

Clécio Ferreira

Pedro de Profiro

Antonio Machado

Martins Rodrigues

Zé do Ganba

Joazito de André

João de Ulisses

João do Capitão

 

22

 

Genildo do Caminhão

Raimundo do Caminhão

Aderaldo de Cecilo

Zé Branquinho

Duzinho de Brasilino

Batista de Noca

Pedro de Balbino

Balduino Vitório

João Velames

Ulisses Guimarães

João Oliveira Sobrinho

João Rodrigues dos Santos

Joaquim Soares Diniz

Francisco Thomaz de Oliveira

João Viana dos Nascimento

João Guimarães (careca)

Maria Viana

Hélio Viana

Banco do Brasil

Banco Bradesco

 

 

 

23

Parabéns Tomar do Geru,

“Minha Terra, Minha Vida”

 

Oxalá tivesse eu o don dos que recitam poemas. Recitaria sobre ti, mesmo que em poucas palavras já mim contentaria. Contudo, prossigo na minha imensa vontade, rebuscando as palavras na tentativa de coloca-las em linhas e estrofes grandes ou pequenas, tão somente com a intenção de rima-las, mas com quais palavras rimariam ou em que versos se encachariam, tu és única, linda, amada pelos teus filhos, filhos que de ti nasceram, filhos que com a compaixão de mãe os adotaste, então, digo a estes:

Avante filhos desta Madre tão amada,

Terra conquistada da tribo kiriris.

Tomar, Minho, Nova Távora, Portugal,

Tomar do Geru, sua História é sem igual.

Erguei vozes, jubilem todos os teus entes queridos, bradai sim, saudai aquela que ergue-se entre pedras e abrolhos, felicitem-na, não só pelos seus sessentas, mas por todos os anos que subsiste como mãe acolhedora.

Parabéns Tomar do Geru, Minha Terra, Minha Vida.

 

Por: Gerson Tomaz

Tomar do Geru, novembro de 2010

 

 

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